Estou desistindo (muita calma nessa hora)

26.8.24

Deve ter um tempão que eu li em algum lugar - mais vago impossível! hahaha - sobre a responsabilidade que devemos ter a respeito da quantidade de dados colocados na internet. Quando eu falo em dados, obviamente falo de informações pessoais como nome completo, telefone, e-mail, endereço, fotos... Mas também me refiro ao número sem fim de redes sociais e ferramentas online.

Isso é algo que vem fazendo mais sentido pra mim a cada dia que passa. Quando comecei na internet, eu não fazia uma seleção rigorosa - não fazia seleção nenhuma kkkk - do que compartilhava, postava... Não cheguei ao ponto de me arrepender porque muito disso consegui, ou espero ter conseguido, apagar.

Mas por que esse assunto? Porque eu estava aqui tentando concluir um curso de tecnologia (programação, principalmente) e me lembrei da F. me dizendo pra eu ter o cuidado de não corromper meus valores. É verdade que comecei a seleção bem animada. Aprendi um mundo de coisas novas e foi BOM DEMAIS! Porém, ao longo das formações, o gás diminuiu. Pra citar um motivo: a quantidade de perfis em redes e ferramentas que eu precisei criar. Figma, Trello, Github, Vercel... Essas foram as indicações de sites nos quais eu precisava ter conta pra utilizar. Se eu for colocar aqui as dicas de sites de *produtividade*, a lista vai crescer bastante...

E eu entendo a utilidade de todos, mas me pergunto principalmente: isso é pra mim? É isso que eu quero? É possível ter controle sobre tanta informação?

Venho questionando meu papel no mundo há muitos anos. De certa forma, deixei minha marca digital em várias pessoas e sei a diferença que fiz. E eu gosto do mundo virtual! Amo minhas amigas queridas, as que eu fiz por meio dos blogs, com quem posso trocar figurinhas e leituras. Mas até que ponto estar dentro de tudo é importante, sabe? Eu também gosto de criar coisas concretas, adoro escrever no papel, mandar bilhetes, cartas, presentes pelos correios. O mundo real é bom, às vezes. rsrs Então estou procurando selecionar um pouco, escolher o que vale pra mim agora. 

Por isso hoje desisti do programa. Talvez eu me arrependa? Provavelmente HAHAHAHA Mas também acredito que tudo tem seu tempo e sinto que esse não é o meu. Esse ano decidi ouvir meu coração. Espero que ele me leve pra bons lugares. rsrsrsrsrs

Uma coisa que eu não gosto, é sair da minha rotina

22.8.24

Percebi que estou com essa mania irritante de inverter a ordem das frases nas minhas orações. Ou seria as orações nas frases? Ou é tudo a mesma coisa (nunca é)? Português é um negócio difícil, né? Quanto mais estudo, menos entendo (tô brincando mas é sério).

Como sempre, comecei fugindo do assunto.

O assunto é o seguinte: eu não gosto de sair da minha rotina. Compromissos de última hora? Nem pensar. Mudança de planos no meio do negócio? Não é comigo. Mas às vezes até que é bom, tipo hoje.

Conforme o planejado, acordamos cedo e, depois do café, dei uma geral rapidez na casa. Meu plano era sentar e estudar, porém recapitulando a última semana, lembrei que não tinha dado certo estudar em casa. É um negócio sério por aqui. Marido cita os gatos como o maior problema, diz que eles dão a maior preguiça. Hahaha Concordo em partes, mas também acho que a preguiça já está lá, os gatos só pegam carona. 👀

Divaguei de novo. Então... recordando como a coisa toda degringolou (adoro essa palavra) na última semana e estava desandando também nesta, mudei os planos: tomei banho, troquei de roupa, peguei o kit sobrevivência lá fora - também conhecido como minha mochila- e parti pra biblioteca.

É verdade que desviei um pouco o caminho até lá? Sim, é verdade. Passei em um armarinho e comprei algumas coisitas que eu queria, entre elas uma linha de crochê matizada A COISINHA MAIS LINDA QUE JÁ VI, linha e agulha pra bordado e uma pasta sanfonada. Esta última um presente pra bibliotecária da biblioteca em questão organizar as fichas de cadastro/empréstimo. O "sistema" lá é manual, então imagina a bagunça. Enfim, a parte boa é que além de conseguir estudar duas horinhas - vitória! - ainda aproveitei pra andar um pouco e tomar aqueles picolés chiques recheados (sabor brownie. Imagine...).

Essas saídas de última hora sempre foram um desafio pra mim tento e estou tentando me dessensibilizar um pouco, afinal a vida é muita vezes feita de imprevistos. 

Nem sempre funciona como eu gostaria: a ansiedade tem dado as caras e eu vivo com receio de estar sozinha na rua, me limitando bastante em relação a sair. Contudo, hoje foi legal e eu nem lembrei de ansiedade! Espero conseguir mais vezes me proporcionar momentos assim.

Uma boa leitura

20.8.24

Ontem terminei mais uma leitura. Não dá nem pra acreditar, mas já estamos em agosto e, daqui a pouquinho, setembro está por aqui. Esse ano está passando tão rápido... Além de que está sendo um ano completamente atípico pra mim, pois acabou virando um ano sabático (mais ou menos. E meio forçado também).

Apesar de ter feito algumas entrevistas e ter participado de algumas seleções, ainda não consegui me recolocar no mercado. Mas, sabe, às vezes eu:

  1. Não sei que quero realmente;
  2. Não sei se tenho condição psicológica ainda.

São muitas negativas, né? Mas estou tentando me dar um crédito, pois ano passado não foi bem um passeio. Penso também que ainda não consegui colocar minha cabeça no lugar, recuperar o gosto pelo trabalho, principalmente porque sei que vou precisar lidar com pessoas e nem todas serão legais, agradáveis ou, no mínimo, educadas. Juro que minha vontade é ficar em casa pra sempre, curtindo a tranquilidade com os gatos e fim. Só que não dá, verdade?

Enfim... Desviei totalmente do assunto. HAHA Eu vim mesmo foi compartilhar minha experiência de leitura com o livro "E como você se sente em relação a isso?". Primeira coisa a dizer é que minha cabecinha ficou assim: 💣💥. A segunda é que comecei a ler pensando totalmente em Talvez você deva conversar com alguém, livro que AMO.

Título: E como você se sente em relação a isso?
Autor: Joshua Fletcher
Nota: ⭐⭐⭐⭐⭐

Embora tenham as suas semelhanças, os dois me trouxeram experiências diferentes. O primeiro mexeu muito mais comigo devido à questões que enfrentei ano passado e outras que ainda venho enfrentando este ano. O que mais gostei foi que o Joshua esclareceu muitas dúvidas à respeito da terapia, como por exemplo:

  1. O terapeuta consegue desligar seu olhar no dia a dia, com amigos e família?
  2. Por que, às vezes, a terapia não funciona?
  3. É normal sentir confusão "sentimental" na relação entre terapeuta e atendido?

Entre tantas outras! No geral, é um livro muito rico de informações e, como o autor compartilha também vivências dele mesmo, foi também muito emocionante.

Pra mim, o que torna um livro bom é, ao concluir a leitura, ficar com aquela sensação de eu leria mais páginas se tivesse, o que foi totalmente o caso. Além do mais, creio que cresci enquanto pessoa, pra entender não só o meu papel na terapia, como também o do profissional do outro lado. Apesar de parecer (ou de eu pensar) que eles estão acima da humanidade, eles - no fim - podem se mostrar tão gente como a gente.

Todo mundo tem problemas

16.8.24

É essa a conclusão a que cheguei hoje.

Tem mais uma hora que cheguei do projeto de voluntariado e meu rosto tá COÇANDO DEMAIS. Acho que próxima semana terei que cancelar minha participação na atividade do salão de beleza! 😂 Eu adoro que as meninas façam minha maquiagem, porém os produtos já viram dias melhores... Enfim. Hoje rolou até pedicure. Estou com as unhas dos dedos dos pés azuis. rsrsrsrsrs 

*Abre parêntese*

Este foi um dos livros que lemos hoje. 

Título: Pequenino na cidade
Autor: Sydney Smith
Sinopse: Esta história retrata a jornada de um menino por uma grande cidade em um dia de neve. Entre ruas cheias de gente, carros barulhentos e canteiros de obras, acompanhamos seu percurso enquanto partilhamos também de suas angústias.
O movimento e a agitação são avassaladores, e por algumas páginas chegamos a achar que o narrador está se dirigindo ao leitor, dando-lhe conselhos para que não tenha medo. Mas, ao avançarmos um pouco na leitura, nos damos conta de que a preocupação da criança está dirigida a seu gato, que está desaparecido. Será que o garoto encontrará seu animal de estimação? O leitor se sentirá tocado ao acompanhar junto com o menino sua busca pelo amigo.
Avaliação: ⭐⭐⭐⭐⭐

Nem preciso dizer que dei o maior vexame (kkkk) e chorei pra caraleo quando percebi pra onde a história estava indo... A dica que eu deixo é: sempre leiam as sinopses. 👀

*Fecha parêntese*

Às vezes não importa se você tem um boa casa pra morar, uma boa formação acadêmica, uma segurança financeira... Nada disso te blinda dos problemas, né verdade? Também não importa se você tem boa vontade ou o desejo de mudar a realidade de alguém. Talvez uma hora ou outra todo mundo vai achar, uma vez na vida, que está enxugando gelo, nadando pra morrer na praia etc etc etc.

Estou dizendo essas coisas porque tem uns 15 dias que venho me punindo por "um momento de fraqueza". Hoje percebi (não é bem essa a palavra, mas vamos fazer de conta que é) que todo mundo está sujeito a desmoronar e que - quem sabe - todo mundo tem um gatilho específico... O meu foi estar em um momento feliz e passar por tanta gente que não vive uma vida SEQUER digna, com um teto sobre a cabeça, direito à alimento e um simples banho. Isso me quebra, me faz sentir impotente. E o desrespeito à essas pessoas. Acho que essa foi a pior parte.

Mas reconheço que exagerei com quem não devia. Sim, tenho essa problema em identificar minhas emoções e eu não diria contê-las, mas gerenciá-las. Eu deveria mesmo estar fazendo minha terapia, sabe? Só que agora não dá. 💲 

Da próxima vez, espero lembrar dessa experiência e agir com mais sabedoria. 35 anos, afinal. Tá na hora de crescer...


Talvez eu esteja me sentindo satisfeita pela primeira vez na vida?

15.8.24

Talvez.

Eu estava aqui dando uma ajeitadinha na casa, algo que tenho feito muito ultimamente, pois estou "desempregada". Entre aspas porquê tem um contexto bem específico aqui. Quem sabe num outro momento eu explique, né? 

Mas voltando ao assunto *foco, Jana*, eu estava limpando aqui, cuidando dos gatos (tenho 16) e tal, quando me lembrei de algumas coisas que meu esposo fala e comecei a rir. Isso também tem acontecido bastante! Ele é uma pessoa naturalmente engraçada - menos nos dias em que acorda com dois pés esquerdos! - e, tirando os gatos, às vezes é minha única fonte de diversão. Não falo isso de forma negativa. É claro que tenho outras fontes (vídeos no instagram, que fala), porém é diferente rir de alguém e com alguém. 

Sempre escutei as pessoas falando sobre ser feliz em silêncio, pra não estragar esses momentos, pra vida não desandar. É um conselho que tenho seguido. Melhor não arriscar, né?

Ano passado foi bem difícil pra mim, principalmente no quesito trabalho. Às vezes me pergunto se não foi um sofrimento voluntário. Eu poderia ter saído antes? Os fatos caminharam para aquilo que deveriam ser? Talvez eu nunca descubra e também não importa tanto assim, verdade? Só sei que agora, nesse momento, tô curtindo minha paz, lendo mais, estudando, descansando minha cabeça e tentando não me preocupar com o amanhã. 

E quer saber? Tá bom demais!