Diário

Hello, I'm tired.

A pessoa com transtornos mentais não tem um dia de paz

14 novembro, 2024

Hoje eu estava voltando da faculdade porque foi dia de prova presencial no polo e vinha pensando em como é boa essa liberdade que estou vivendo. Tirando a parte de viver sem dinheiro, é claro. rsrs Dia 22 de dezembro completa um ano que me desliguei oficialmente do meu emprego. É verdade que tem sido um ano até legalzinho, tirando um episódio ou outro.

Não sei se existe algo mais satisfatório do que acordar cedo porque você quer e não porque você precisa. Tomar café-da-manhã com tranquilidade, limpar a casa com capricho, cuidar dos meus bichos e voltar a dormir, se eu quiser. Ás vezes a vida pode ser boa.

Mas ultimamente, mais ou menos desde setembro, tem uma coisinha de nada tirando minha paz e eu não consigo parar de pensar nessa coisinha. Acho muito, muito mesmo, que essa pedrinha no meu sapato é reflexo do tempo de vida de passei parada no mesmo lugar, sem "fazer nada da vida" além de me lamentar, chorar etc etc. Eu tô tão cansada de ficar no mesmo lugar... De viver desse jeito que estou vivendo. Eu queria tocar a vida pra frente, fazer acontecer. Talvez esse seja meu propósito agora e talvez eu vá vivê-lo sozinha... Mas seria muito bom mesmo ir acompanhada.

Voltei pra terapia

17 outubro, 2024

Ontem fui à minha primeira sessão de terapia dos últimos meses. É verdade que meu relacionamento com a terapeuta anterior azedou e não tinha mais como voltar - na minha cabeça, pelo menos.

Fiquei bem feliz, pois achei a psicóloga bem madura, séria, anotou tudo que eu falei, me fez várias perguntas. O que mais me chamou atenção é que ela falou quase a mesma coisa que o Josh fala/falava antes de iniciar as sessões com os "pacientes" dele: "Este é um lugar seguro e sem julgamentos". Então gostei bastante.

Eu queria ser daquelas pessoas que amam ir à terapia, mas não sou. Pra mim é custoso me movimentar nesta direção. Eu não gosto de me expor, não gosto de não conseguir controlar meu estado de espírito e acabar chorando, por exemplo - o que aconteceu 99,9% das vezes que sentei no divã (metaforicamente falando. Nunca tem divã).

Então por que eu volto? 

Em primeiro lugar, porque eu tenho uma melhor amiga maravilhosa que sempre me dá uns sacodes e ela tem feito bastante isto nos últimos tempos. Volto só pra ela me deixar em paz HAHA #brinks Depois, eu gostaria muito mesmo de sentir que sou capaz de levar uma vida "normal" de novo, onde eu consiga estar em lugares cheios sem entrar em parafuso, sentir que eu sou capaz de enfrentar qualquer perrengue no trabalho... entre tantas outras questões, que são todas #whiteproblempeople mas ainda assim são questões e estão me impedindo de ser a pessoa que talvez eu possa ser. Se entendê-las é o primeiro passo para resolvê-las, então aqui vou eu (mais uma vez).